Seplag cria programa Pontapé, responsável por fortalecer permanências de estudantes na universidade.
Desenvolvido e elaborado pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), o programa Pontapé, em Alagoas, oferece estágio remunerado nos órgãos do Estado para estudantes de universidade e vem cumprindo um importante papel nesse âmbito, uma vez que além de gerar oportunidades de emprego, o programa vem fortalecendo, sensivelmente, a permanência de diversos jovens na faculdade.
Um dos participantes do projeto, Jonatas Silva, Estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), afirma que a remuneração garantida por meio do Pontapé é o que hoje o tem dado condições de continuar na vida acadêmica:
“Não sou de Alagoas, vim por causa da Ufal e estava sem emprego. Se as aulas presenciais voltassem, eu não teria como seguir na faculdade. Agora, por causa dessa oportunidade gerada pelo programa, vou poder terminar tranquilamente a minha graduação. Se não fosse isso, eu não sei. Com os cortes recorrentes e a pandemia, esse cenário tem ficado ainda pior. A importância do estágio vai além da questão de incorporar a gente nos órgãos, é também sobre manter os estudantes na universidade.”
Dessa maneira, o programa já é uma revolução no processo de seleção de estagiários. Com uma oferta inicial de cerca de 700 vagas, a iniciativa passou a democratizar o acesso a estudantes que sonhavam em ter a chance de trabalhar junto aos órgãos e secretarias do Executivo, mas não conseguiam concretizar essa meta por conta das barreiras que enfrentavam pelo caminho.
O processo de seleção do Pontapé é realizado de forma online e conta como principal critério o Coeficiente de Rendimento (CR), índice que mede o desempenho acadêmico do estudante.
Enquanto política pública afirmativa, o projeto amplia oportunidades para Pessoa com Deficiência (PcD), para inscritos no CadÚnico e para aqueles que cursaram todo o ensino médio na rede pública ou na privada com bolsa integral.
Segundo Jinny Albuquerque, estagiária da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e aluna da rede pública de ensino durante toda a vida, reforça que o programa tem aberto outras possibilidades para ela e para os demais estudantes que são beneficiados pela iniciativa:
“Sou extremamente grata ao programa porque é uma oportunidade única. Quando eu vi o post da seletiva, não pensei duas vezes. Nasci de uma família humilde, cresci na rede pública e hoje estou seguindo esse novo caminho”, comenta a estagiária. “O estágio é essencial para que muitas pessoas possam continuar estudando, mesmo nas universidades públicas, tem gente que não consegue seguir porque precisa trabalhar ou porque mora distante, porque não tem condições. Políticas públicas como essa, que permitem essa acessibilidade e fazem com os estudantes integrem esses espaços, são mais do que necessárias.”