Instituto quituplica famílias beneficiadas no interior de Alagoas.
O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) quintuplicou o número de famílias atendidas na comunidade Muquém, em União dos Palmares, por intermédio do fortalecimento do associativismo e do trabalho em conjunto dos núcleos familiares, a quantidade passou de cinco para 25 assistidas, sendo 15 de maneira direta e 10 indiretas.
Dessa maneira, antes da chegada da Emater, as famílias tinham galinheiros de taipa, sem os devidos cuidados e alimentação correta para cada fase de criação, uma vez que não havia preocupação com o meio ambiente, pois os dejetos eram descartados de forma inadequada, fazendo com que os avicultores atingissem uma produção máxima de apenas 100 aves.
Todavia, com a implementação dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e a inserção dos frangos caipiras no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), foram registradas melhorias significativas na renda das famílias criadoras.
Além dos benefícios financeiros proporcionados, as famílias participam de todas as etapas do processo até chegar à comercialização, obtendo, assim, mais conhecimentos e práticas do processo como um todo, sem contar com a aprendizagem acerca das condições e higienes adequadas.
Sendo assim, a assistência da Emater proporcionou a construção de um galinheiro em alvenaria, que teve o espaço dividido em 4 módulos. Dessa forma, nos dias atuais, as 25 famílias conseguem produzir 600 aves de uma só vez e mantêm a sazonalidade com as entregas em dia, um aumento de 500%.
De acordo com Edicilia Bezerra da Silva, representante do grupo das famílias Quilambolas, o projeto de Fomento é de extrema importância para eles:
“A gente sempre quis aumentar a produção, mas a estrutura era pequena e não tinha condições. Mas, com a chegada do programa, nós tivemos o melhor resultado. A Emater trouxe o que necessitávamos.”
O técnico do Instituto, José Leonardo Ferreira Lins, que é responsável pela comunidade, contou que a comunidade estava meio ociosa e desacreditada na atividade, mas as famílias, com o tempo, elevaram a autoestima, conseguindo minimizar a vulnerabilidade e a insegurança alimentar e levando para a mesa da população do município recebedoras desses programas um alimento de ótima qualidade
“A participação coletiva que foi trabalhada proporcionou empregos e renda para eles, além do incentivo ao envolvimento das mulheres em toda cadeia produtiva. Foi trabalhado o cuidado com o meio ambiente, para que a atividade seja parte do meio e não um empecilho. Junto à cama de frango, as fezes foram reutilizadas como fertilizante natural, sendo usadas em outras atividades agrícolas ao redor da área produtiva da avicultura.”