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Conselho de Enfermagem de São Paulo critica Bruna Marquezine após a utilização da fantasia de enfermeira.

A artista Bruna Marquezine foi alvo de duras críticas pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Corem-SP) após aparecer com fantasia de enfermeira em postagem nas suas redes sociais para festa de Halloween.

Acerca do ocorrido, Corem emitiu uma nota oficial, também por intermédio das redes sociais, na última terça-feira, 2 de novembro, expondo a opinião do órgão:

“A enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano. Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio. Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de halloween e sátiras continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião […]”

Os comentários na publicação mostraram opiniões diferentes do público, mas muitos profissionais da enfermagem apoiaram a posição, como relata uma internauta:

“Quero ser respeitada como profissional, uma fantasia não me representa….valorização da enfermagem já….”

Ademais, outra seguidora também completou:

“Então ela é cheia do feminismo… Mas acaba utilizando uma fantasia de enfermeira… Mal sabe o quanto sofremos já com tanta sexualização da nossa profissão… Enfermeira não é atriz., não é faz de conta… Não fazemos ceninhas quando estamos prestando assistência, muito menos caras e bocas, dona Bruna Marquezine.”

Diante do repúdio, a atriz apagou a foto registrada em seus Stories, mas ainda não se pronunciou diante das críticas nem sua assessoria comentou sobre o caso.

Confira a nota na íntegra do órgão do Corem-SP:

Fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da enfermagem.

A enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano. Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio.

Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em carnavais, festas de halloween e sátiras continue sendo tolerada pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião.

O tema já foi alvo de intervenções do Coren-SP por diversas vezes, como no episódio em que as atrizes Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães humildemente se retrataram por terem se apropriado da imagem da profissão com conotação sexual. Deparamos-nos nas recentes celebrações de Halloween com a atriz @brunamarquezine Bruna Marquezine fantasiada do que a mídia chamou de “enfermeira sexy”. Também com postagem de influenciadoras como Cátia Damasceno, que fez uma enquete para que os seguidores escolhessem sobre a fantasia de mulher gata ou “enfermeira bem sexy; e Thais Massa que se fantasiou como tal.

Repudiamos veementemente essa conduta, pois ela incentiva a sexualização de uma categoria que há décadas luta por valorização e respeito. São trabalhadoras que enfrentam sucessivas jornadas de trabalho, em seus lares e no cotidiano profissional e que não merecem ou devem ser estereotipadas dessa forma.

O Coren-SP defende que todo o humor e diversão são válidos desde que não prejudiquem ou provoquem qualquer impacto negativo na vida do próximo. Por isso faz um apelo à sociedade e aos formadores de opinião: respeitem e valorizem as mulheres da enfermagem.