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COMÉRCIO DE MACEIÓ REGISTRA MOVIMENTO INTENSO E AGLOMERAÇÃO | Gazeta de  Alagoas

Vendas no comércio de Alagoas caíram 9,1% no mês de setembro

De acordo com dados divulgados nessa quinta-feira, 11 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no comércio varejista de Alagoas recuaram 9,1% em setembro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, fazendo isso parte da Pesquisa Mensal do Comércio.

Dessa maneira, isso torna a quarta queda seguida em 2021. Em comparação com o mês imediatamente anterior, as vendas do comércio em Alagoas recuaram 3,3%.  Apenas em fevereiro e maio, o Comércio no Estado registrou alta este ano.

m nível nacional, as vendas no comércio varejista caíram 1,3% na passagem de agosto para setembro. É a segunda queda seguida, embora menos intensa que a verificada em agosto (-4,3%), após a alta de 3,1% de julho.

O gerente da pesquisa, Cristiano dos Santos, afirmou que, desde o começo da pandemia de Covid-19, em março de 2020, os dados do comércio têm variado muito, volatilidade típica de um “novo rearranjo da estrutura econômica como um todo”. Ele acrescentou que:

“Desde o início da pandemia, temos uma sequência de grande amplitude. Houve uma grande baixa em abril de 2020, depois um cenário de recuperação bastante rápida que culmina em outubro, uma queda novamente para patamares de pandemia no início do ano de 2020. Em seguida, tivemos um crescimento também forte, que posicionou o mês de maio como o segundo nível recorde, após outubro e novembro do ano passado. Agora, a trajetória experimenta uma nova queda.”

Segundo Santos, o impacto da pandemia na receita das empresas está diminuindo, com apenas 2,3% delas dando essa justificativa para a diminuição ou crescimento:

“A receita varia próximo da estabilidade, em -0,2%. Então, esse contexto de pandemia, pelo menos no que tange ao impacto detectado pela pesquisa nas empresas da nossa amostra, está cada vez menor nos últimos meses. A gente atinge patamares que são até menores do que o mínimo dessa série, ou seja, quase não há mais relatos de impactos da pandemia na receita das empresas. Impacto que já chegou a ser 63,1% de todos os relatos em abril de 2020.”

O gerente ressalta ainda que o principal fator que influenciou os resultados do comércio em setembro foi a alta da inflação, além de mudanças nos juros que afetaram o crédito, uma vez que isso se reflete na queda maior no volume de vendas do que na receita das empresas:

“A inflação certamente é o mais importante nesses últimos dois meses, mas também tem outros. O saldo da carteira de crédito, tanto para pessoa física quanto jurídica, estabilizou nos últimos meses. Lembra que, em setembro, teve uma reunião do Copom que reposicionou a taxa Selic, os juros aumentam, então isso afetou o crédito. Tem o fenômeno também de aumento do emprego formal, mas que está desbalanceado com relação à renda. Cresce o emprego, mas num ritmo menor à renda.”

Ademais, segundo o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em setembro. As maiores quedas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,5%) e combustíveis e lubrificantes (-2,6%). Porém, a atividade de maior peso na formação da taxa de setembro foi hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que caíram 1,5%. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 1,1% em setembro na comparação mensal.