Confira o que rolou no primeiro Chá da Memória deste ano
O primeiro Chá de Memória de 2022 foi dedicado ao tema “Praticando a Educação Patrimonial” na sala de aula e cativou professores, educadores e todos que marcaram presença no evento.
Dessa maneira, o assunto Educação Patrimonial faz parte do escopo de ações realizadas pelo Arquivo Público de Alagoas (APA), órgão vinculado ao Gabinete Civil, que desde 2016 promove eventos voltados ao reconhecimento e valorização do patrimônio alagoano e das tradições populares.
A presidente da Academia Alagoana de Educação(Acale), professora Ana Dayse Dorea, abriu o evento contando sua experiência como secretária de Educação de Maceió, e explanou didaticamente o processo de alfabetização cultural mostrando a metodologia e a legislação pertinente ao tema:
“A educação patrimonial nasce do desenvolver e compreender a cultura junto ao aprendizado. É importante compreender que a cultura é um componente substancial da educação e precisamos desenvolver ações que fortalecem a implementação dessas práticas dentro da sala de aula e a Acale pode contribuir auxiliando instituições educacionais nessa adaptação.”
Com os 26 personagens da Turma do Guerreirinho em feltro, que representam grande parte das manifestações culturais alagoanas e homenageia grandes personalidades do estado, Adriana Capretz, criadora e coordenadora do Tatipirun Atelier de Educação Patrimonial Relu Ufal, e Adriana Guimarães, restauradora e membro do Tatipirun Atelier de Educação Patrimonial Relu Ufal, cativaram o público e mostraram como os produtos desenvolvidos pela equipe do ateliê têm contribuído com o trabalho pedagógico de Educação Patrimonial:
“Criamos os personagens com características diferentes e específicas como, tom de pele, vestimentas, cabelos, acessórios, para que as crianças pudessem se reconhecer e aprender sobre os folguedos e tradições populares de Alagoas de forma lúdica. É fundamental saber que o nosso trabalho foi desenvolvido para que os professores e educadores possam abordar assuntos delicados de forma mais natural, trazendo a cultura como aliada ao desenvolvimento intelectual.”
Além de apresentar o site do Ateliê Tatipirun, onde todo material produzido pelo grupo está disponível para download gratuito, Adriana Capretz também mostrou o Calendário Cultural Permanente da Turma do Guerreirinho e como os professores podem utilizá-lo, ressaltou Adriana Capretz:
“O novo calendário é um rico material de apoio para educadores e professores desenvolverem atividades em sala de aula, independente do ano corrente. Com os 26 personagens, inspirados em personalidades, brincantes de folguedos e mestres do patrimônio alagoano, a Turma do Guerreirinho protagoniza o calendário apresentando as principais datas comemorativas do nosso estado, como aniversário dos 102 municípios e festas populares em todas as regiões. As características de cada desenho possibilitam ainda opções de abordagem de temas como identidade, racismo e inclusão de forma lúdica e educativa para os alunos.”
Especialista em Educação e Direitos Humanos, Rita Ippolito, que atuou como coordenadora do programa das Nações Unidas em Maceió, se emocionou com o que viu nas apresentações:
“Foi uma noite incrível, fiquei encantada com o trabalho das professoras, porque poder traduzir uma pesquisa acadêmica com prática pedagógica em uma produção material que simboliza a identidade cultural de um povo é algo que nos leva a um caminho onde a teoria se torna realidade e isso é formidável.”
Alexandre Chagas acompanhou atento as palestras e lembrou da importância do Chá de Memória para sociedade:
“Estou muito feliz em estar aqui, o APA tem sido um espaço para nos reconhecer e mostrar que Alagoas é rica em cultura e patrimônio histórico”, falou o participante, que garantiu retorno no próximo evento.
Por fim, a superintendente do APA, Wilma Nóbrega, agradeceu o apoio do Governo do Estado para realização de eventos como esse e ressalta que:
“a parceria com o Tatipirun.Relu fortalece as ações no APA, nas creches e nas escolas, garantindo o título de referência no desenvolvimento de atividades de Educação Patrimonial e a propagação das nossas tradições populares e historia.”