Obra literária “Memórias das Mãos” resgata princípios da arte popular de Alagoas
O artesanato e a arte popular de Alagoas vão celebrar, de forma muito especial, a passagem do Dia do Artesão. A homenagem será feita através do programa Alagoas Feita à Mão, que lançará no próximo dia 21, às 10h, no Museu Palácio Floriano Peixoto, o livro Alagoas, Memória das Mãos.
A publicação produzida pela Gerência de Artesanato e Design da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Turismo (SEDETUR) marca a trajetória do programa e apresenta um roteiro histórico-cultural de uma legião de alagoanos que produzem arte popular desde os tempos da colonização em Alagoas.
Rico em imagens e depoimentos, o livro narra as origens do fazer à mão, sustentado por um resgate bibliográfico inédito sobre o tema, como explica a gerente de artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos:
“A curadoria foi um recorte do trabalho do Alagoas Feita à Mão, priorizando os artistas mais antigos, que tinham como revelar toda essa herança.”
Sendo assim, esse livro apresenta a linha histórica da civilização caeté, sob a vertente do fazer à mão, aborda a discussão em torno do conceito de arte popular, detalha todas as tipologias utilizadas no artesanato alagoano, pontua os polos produtivos e os rostos dos autores das criações que ganharam o Brasil e o mundo, despertando o interesse pelo artesanal.
A ideia de lançar o livro Alagoas, Memória das Mãos partiu da primeira-dama, Renata Calheiros, que atua à frente desse projeto desde a sua implantação, como ela ressaltou:
“Quando idealizamos o programa, sabíamos que a cultura material e imaterial do nosso povo tinha uma trajetória e precisavam de apoio. Queríamos resgatá-la e apresentar tudo que foi feito para que ela continue sendo mantida. Essa publicação é o retrato de tudo isso.”
Assina a curadoria da obra, juntamente com Daniela Vasconcelos, o jornalista Guilherme Lamenha, que é responsável pelos textos e pesquisa.
A direção criativa foi do designer Rodrigo Ambrósio. As fotografias são de Felipe Brasil, Jonathan Lins, Thiago Sampaio e Celso Brandão – estes com imagens raras em preto e branco. Além disso, as ilustrações do livro fazem parte do acervo de xilogravuras do Mestre Enéias Tavares.