Os povos indígenas são os povos originários do nosso país, os verdadeiros descobridores da nossa terra. Nesta terça-feira, 19 de abril, é celebrada a resistência indígena em todo o país. O governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), promove uma série de investimentos inéditos e ações que elevam o patamar da qualidade da educação indígena no estado, preservando suas culturas e tradições.
Pela primeira vez na história da educação de Alagoas, foi realizado um Processo Seletivo Seriado e um concurso público com vagas destinadas aos povos indígenas. Para o PSS, foram ofertadas 298 vagas de professores das disciplinas de Língua Portuguesa e Inglesa, Matemática, História, Artes, Educação Física, Ensino Religioso, Química e Geografia para atuarem tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, além de professores de educação infantil e auxiliar de sala. Já para o concurso, foram 261 oportunidades para contratações efetivas.
Cada setor das escolas é preparado e otimizados para melhoria da educação da população indígena e com a merenda não é diferente. Esse ano, a novidade foram os cardápios adaptados para as escolas indígenas, que é um direito assegurado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que inclui opções mais ricas em raízes e preparos cozidos, bem como priorizam os costumes na preparação dos alimentos.
Diante disso, Raquel Vasconcelos, nutricionista e supervisora de Programas e Projetos do Núcleo de Nutrição, afirma que:
“O cardápio foi construído com base no diálogo com todos os gestores das escolas indígenas estaduais, onde foram observados os hábitos alimentares comuns nessas unidades e também sugestões dos próprios estudantes e funcionários como, por exemplo, o mungunzá salgado, que foi proposto por uma manipuladora de alimentos indígena, e pela primeira vez foi adicionado ao cardápio.”
A estruturação das instituições de ensino também é uma das estratégias para garantir uma educação de qualidade para o povo indígena. Desde 2019, em todo o estado, duas unidades escolares foram concluídas, sendo uma em São Sebastião e uma em Pariconha, outras duas estão em construção, na Serra do Capela e em Palmeira dos Índios e, outras 13 estão em processo de licitação. Em todo o estado, oito escolas indígenas estão em reforma e serão finalizadas nos próximos meses, beneficiando as comunidades dos municípios de Feira Grande, Porto Real do Colégio, Joaquim Gomes e Palmeira dos Índios.
Por fim, o secretário de Estado da Educação, José Márcio de Oliveira, explica:
“Esse novo momento da educação de Alagoas, sustentado pelo maior investimento da história do setor no estado, é para todos, incluindo a educação indígena. Respeitando a tradição, a cultura e valorizando toda a riqueza proporcionada pelos povos originários do país, nós conseguimos não só manter esses alunos em sala de aula, mas propagamos a sua identidade e a valorizamos, tornando a educação um solo fértil para o futuro dessas gerações.”