O setor cultural alagoano amanheceu de luto nesta sexta-feira, 22 de abril.
Infelizmente, faleceu, naquela madrugada, o patrimônio vivo de Alagoas, Nelson da Rabeca, um gigante da música. Autodidata, o artista ficou famoso pela grande contribuição à arte, sendo ele considerado por muitos patrimônio cultural do país, uma referência.
A Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) lamenta profundamente a perda de um ícone da arte de Alagoas e do Brasil. Nelson da Rabeca tinha uma relação íntima com o Teatro Deodoro, tendo se apresentado por várias vezes no palco oficial do Estado.
A última apresentação de Nelson da Rabeca no Teatro Deodoro foi na edição de 2014, pelo projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato. Para o espetáculo, ele se juntou a outros quatro mestres da cultura alagoana: Chau do Pife, o cordelista Jorge Calheiros, o violeiro cordelista Jaçanã e o tocador de pandeiro João de Lima. Essa apresentação memorável foi uma verdadeira celebração à cultura de raiz nordestina.
Para a diretora-presidente da Diteal, Sheila Maluf, a partida do artista é uma perda irreparável:
“Nelson da Rabeca teve uma obra de grande impacto, que virou referência para centenas de pessoas. Lamentamos com muito pesar o seu falecimento, no entanto acreditamos que um artista não morre, porque a sua arte sempre vai reverberar.”
O músico, que também já construiu mais de seis mil rabecas, levou o nome de Alagoas consigo por onde se apresentou. Seu legado transcende a música e fortalece o sentido do que é a arte nordestina, principalmente a alagoana.