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Com cartazes e caixões para demonstrar a indignação, profissionais da saúde realizaram um novo protesto na manhã desta quarta-feira, 21 de setembro, contra a suspensão do piso salarial da enfermagem por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sendo assim, a respectiva manifestação reivindica, além do piso salarial, condições mínimas de trabalho para os enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem.

Os manifestantes se reuniram de forma pacífica em frente à sede do Tribunal de Justiça de Alagoas, no Centro de Maceió, e seguiram em caminhada para a Santa Casa, para encerrar o ato em frente à sede da Justiça do Trabalho em Alagoas. Eles vestiam camisas com a frase:

“não é porque usamos máscaras, que iremos nos calar.”

Antes da caminhada, alguns profissionais entoaram gritos e discursaram para motivar quem estava presente.

A psicóloga Leopoldina Graça manifestou a indignação da classe da saúde, deixando claro que:

“A luta é contra o veto. Os trabalhadores querem um salário digno para o sustento próprio e para sua família”.

A suspensão do piso salarial nacional da enfermagem por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, instituído por Lei em R$ 4.750, estabeleceu o prazo de 60 dias para que seja esclarecido o impacto financeiro decorrente do advento da legislação.

Ademais, Renilda Barreto, presente na manifestação desta manhã, falou sobre a decisão:

“O Supremo Tribunal Federal concedeu uma liminar que suspende (a Lei) por 60 dias, afirmando que não tinha a fonte de custeio. A fonte de custeio não é da responsabilidade dos profissionais das instituições. As instituições têm condições para isso, porque é a enfermagem que dá a rotatividade financeira dos hospitais. Nós somos mais de 80% dentro das instituições da saúde.”

Ainda segundo Renilda, os profissionais da saúde estão organizando novos atos de manifestação. Ela disse também que em respeito à população, a categoria está segurando uma possibilidade de greve.