A Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) participou da solenidade de lançamento da campanha de doação de livros para o projeto Livros que Libertam ocorreu na maior referência de entidade cultural e literária do estado: a Academia Alagoana de Letras. Lá, autoridades das mais diversas áreas compartilharam um momento importante para a ressocialização de reeducandos, através da leitura.
O projeto Livros que Libertam é uma parceria entre a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) e o Tribunal de Justiça de Alagoas, em ação da Vara de Execuções Penais, com apoio da Academia Alagoana de Letras.
O evento ocorreu na Academia Alagoana de Letras, em Maceió, nessa terça-feira (8). “É a maior prova de que quando a gente senta à mesa e busca alternativas, com parceiros certos, você tem um belíssimo programa com alcance social. Qual o programa em tão pouco tempo no sistema prisional que alcançou um grande número de apenados? Eu gostaria de saber”, comemora o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Fernando Tourinho.
“Eu digo que a felicidade ela acontece quando o ser humano encontra-se pleno. Bem assim que tenho certeza que todos nós aqui estamos. Nós estamos plenos. A Academia Alagoana de Letras, que para muitos é uma casa fechada, agora mais do que nunca está recebendo a comunidade literária alagoana de todos os níveis. Inclusive, esse projeto Livros que Libertam é fantástico porque nós estamos ajudando e também sendo ajudados”, destacou o presidente da Academia Alagoana de Letras, Alberto Rostand Lanverly.
“Uma alegria muito grande estar fazendo o lançamento da Campanha de Livros do nosso projeto Livros que Libertam aqui em um local que é simbólico, a sede da Academia Alagoana de Letras, Casa Jorge de Lima. Não poderia ser em um local mais apropriado do que esse. Dizer que a participação do Tribunal de Justiça, da OAB, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do GMF (Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário) é muito importante, porque ninguém faz nada sozinho”, reforça o secretário da Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira.
“Muito emocionante quando um dos detentos olhando para nós ele diz: professor, não pare com isso. O livro é algo que liberta, é uma janela, é uma porta para o mundo. Parabéns ao Tribunal de Justiça, a Secretaria da Ressocialização e Inclusão e a Academia Alagoana de Letras”, completa Rostand Lanverly.
O projeto Livros que Libertam busca garantir a leitura dentro do sistema prisional, gerando a redução da pena por meio da leitura. A iniciativa, que avança de forma surpreendente em Alagoas, segue o que preconiza o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em Alagoas, o “Livros que Libertam” já beneficia cerca 3 mil reeducandos, número que deverá ser ampliado. Já a campanha de doação de livros vai fortalecer o projeto, proporcionando mais opções nas bibliotecas do sistema prisional alagoano.
“Acho que aquela esperança, é aquela luz no fim do túnel. Na verdade esse programa Livros que Libertam é uma forma diferenciada de olhar para o sistema prisional. É saber que no sistema prisional também tem pessoas humanas que precisam ser trabalhadas porque elas vão sair e é opção nossa saber como queremos que elas saiam. Se melhor ou pior de quando entraram. Parabéns ao juiz, parabéns à Seris, parabéns a Academia Alagoana de Letras que também está sendo parceira desse projeto”, reforça o presidente do TJ, Fernando Tourinho.
“A educação abre portas, cria pontes, ela dá novas oportunidades e o nosso dever enquanto Secretaria da Ressocialização é manter a ordem e a disciplina dentro do sistema, ofertando a possibilidade de educação e de trabalho e isso nós estamos fazendo. O Livros que Libertam já é um sucesso. Nós começamos com 114 reeducandos e já estamos batendo os 3 mil, sendo mais um marco dessa gestão, fortalecendo a educação, levando remição de pena e o principal ofertando uma condição para essa pessoa que cometeu seu ilícito, foi julgado e está pagando seu crime no regime fechado quando ele for reinserido à sociedade ter condições de galgar um trabalho lícito, de voltar para sua família e não pensar em cometer ato ilícito”, finaliza Diogo Teixeira.