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oradores do bairro do Bom Parto, em Maceió, protestam na manhã desta quinta-feira, 31, em um trecho da Ladeira Ulisses Bandeira, na Gruta do Padre, e pedem uma realocação imediata. O trânsito na região flui normalmente, mas caminhões da Braskem estão sendo impedidos de entrar em um dos postos da mineradora, localizado no Bom Parto.

No local, moradores atearam fogo em pneus e em galhos de árvores. O Corpo de Bombeiros foi acionado. Suelly Leandra, uma das moradoras que estão no protesto, relatou que os cerca de 4 mil moradores do local estão se sentindo abandonados. “É um protesto que reivindica a realocação. A gente ficou abandonado pela Braskem. Estamos sem posto de saúde, segurança, escola. Há a ocorrência de vários roubos na região”, disse Suely.

O líder comunitário do Bom Parto, Fernando Lima, disse ainda que os moradores pedem uma indenização. “A situação está insustentável. Os órgãos públicos tratam a gente de forma burocrática, mas a gente está precisando viver. É questão de subsistência. Estamos no limite, nos sentindo abandonados pela Prefeitura e pela Braskem. Já tiraram o posto de saúde, a escola, não temos nenhum auxílio”, disse Fernando Lima.

Além da Braskem, também são citados no protesto a Prefeitura de Maceió e a Defesa Civil. “Queremos uma indenização para sair do bairro e procurar outro lugar para morar”, disse o líder comunitário.

Esta semana, a Defesa Civil desmentiu uma atualização de mapa da área de afundamento do solo em Maceió, com a ampliação da área de risco que incluiria o Bom Parto.

Em nota, nesta quinta-feira, a Defesa Civil de Maceió disse que, até o momento, não foram encontrados dados que culminem na atualização e ampliação do mapa. Veja a nota, na íntegra:

“A Defesa Civil monitora ininterruptamente as áreas afetadas pelo processo de afundamento do solo, bem como as áreas de borda do Mapa de Linhas e Ações Prioritárias (V4), nos bairros adjacentes, por meio de equipamentos que medem em milímetros a movimentação do solo e por visitas in loco, que acontecem periodicamente, por meio das vistorias do Comitê Técnico.  Até o momento não foram encontrados dados que culminem na atualização e ampliação do mapa. O órgão continua à disposição para ouvir a população e esclarecer possíveis dúvidas.”