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O tempo fechou, as ruas estão alagadas, mas é preciso sair de casa. Quem nunca passou por isso? Essa cena passa a ser mais frequente na vida dos alagoanos a partir de agora com a chegada da quadra chuvosa. Mas, para preservar a saúde, os médicos do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Amauri Clemente, que é cirurgião geral, e Angélica Novaes, que é infectologista, recomendam cautela, atenção e discernimento em todas as aparentes pequenas decisões.

 

É que uma inocente caminhada na área de casa pode resultar em um escorrego, utilizar o calçado aberto pode facilitar o contágio por leptospirose, estar em um ônibus lotado pode ser o ambiente perfeito para transmissão da gripe, trafegar por uma via pode esconder o perigo de um buraco camuflado por lama. Em todos esses casos, reforçam Amauri Clemente e Angélica Novaes, a busca por atendimento médico pode ser uma consequência. “A queda da própria altura é um problema de saúde pública, tanto pela frequência como pelos efeitos diretos e indiretos. Uma pessoa que corre para atravessar a rua, por exemplo, em um dia com a pista molhada, está mais suscetível a cair e essa queda pode causar traumas, fraturas e até um segundo acidente, como um atropelamento. Por isso, a melhor decisão nesse período é não ser imprudente”, pontua o cirurgião geral do HGE, Amauri Clemente.

Doenças infectocontagiosas

O acúmulo de água da chuva nas vias também é um grave risco à saúde. É que além do risco de acidentes, as pessoas que entraram em contato com enchentes por longos períodos devem ficar atentos ao quadro de febre, dor muscular, principalmente nas panturrilhas, dor de cabeça, náuseas, vômitos, hemorragia conjuntival e icterícia por um período de 30 dias. Se isso acontecer, a infectologista do HGE, Angélica Novaes, recomenda a busca pelo atendimento médico, pois pode ser leptospirose. “É importante ainda lembrar de avaliar se existe água acumulada, pois não podemos esquecer dos quadros de Dengue, Zika e Chikungunya, doenças que são transmitidas pela fêmea do mosquito Aedes aegypti e que sua disseminação está ligada aos ovos depositados em recipientes com água parada. Também é importante atentar para as viroses respiratórias, como a Influenza, que leva o uso da máscara facial, quando já está gripado, ou até mesmo para se proteger em um ambiente com aglomeração de pessoas também”, orienta Angélica Novaes, ao lembrar que a Campanha de Vacinação contra a Influenza ocorre até o dia 31 de maio.

A infectologista do HGE ressalta, também, que lavar as mãos com água e sabão e usar o álcool em gel são aprendizados reforçados durante o período da Covid-19. “E se a doença aparecer causando febre, diarreia ou qualquer outro sintoma, não busque a automedicação, mas a unidade de saúde de referência mais próxima para receber assistência multiprofissional”, recomenda a especialista em doenças infectocontagiosas do maior hospital público de Alagoas.

 

Perfil assistencial

O HGE é referência no atendimento de Média e Alta Complexidade de Urgência e Emergência, sendo porta aberta para a Pediatria e os traumas. As pessoas que apresentarem sintomas gripais ou quaisquer outros que não demonstrem aparente risco de morte devem buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Mistas, Hospitais Regionais, Ambulatórios 24 Horas e nos Centros de Especialidades Médicas.

 

“Entender e respeitar esse fluxo é muito importante, pois reservamos uma equipe especializada para a prestação de assistência aos casos mais graves, que exigem uma intervenção imediata. Essa é a essência do HGE, que acolhe, dia e noite, alagoanos e turistas de todas as idades, oferecendo especialistas, tecnologias, análises clínicas, cirurgias e outros serviços no tempo necessário para salvar vidas”, acrescenta o diretor-geral do HGE, Fernando Fortes Melro. LEGENDAS: