A Igreja Batista, localizada no bairro do Pinheiro, em Maceió, se torna o mais novo Patrimônio Material e Imaterial de Alagoas.

Na quarta-feira, 6 de outubro, a Igreja Batista foi oficialmente reconhecida pela Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) como Patrimônio Material e Imaterial do Estado, tendo o título já publicado pelo Diário Oficial Eletrônico, tendo essa nomeação dada pelas ações e mobilizações do centro religioso contra movimentos e crimes de ódio, ajudando as vítimas desses casos.

Com a pandemia, os cultos tiveram suas atividades temporariamente suspensas, voltando presencialmente apenas em julho deste ano, possuindo também a opção on-line para aqueles que ainda não sentem totalmente confortáveis em sair de casa, evitando qualquer risco de contágio e contaminação com vírus.

A igreja, instaurada no Pinheiro, sendo ele quase um bairro fantasma pela desocupação em massa de seus habitantes, sofre em lutar pela resistência da realização de missas, mas, a vitória de se tornar um Patrimônio em Alagoas foi motivo de comemoração, como ressalta o Pastor Wellington Santos:  “Não tem sido fácil, mas estamos aqui seguindo com os trabalhos. Não dá para ter culto à noite, por exemplo, as pessoas se sentem muito inseguras. O bairro está completamente desocupado, um cemitério, mas seguimos aqui lutando e resistindo até o fim […] Temos muita história para guardar na memória, principalmente a luta que a gente vem travando pelos direitos da mulher, contra a LGBTfobia, contra o racismo. É possível ser igreja e lutar para ser algo além de um discurso. As pessoas vão lembrar que houve uma igreja evangélica que disse não ao ódio.”

Mesmo com as dificuldades, a Igreja permanece ativa desde 2016 com o trabalho de acolhimento aos grupos minoritários.

E, apesar das críticas, a luta permanece, e a esperança por dias melhores também, sendo essa conquista de se tornar Patrimônio Material e Imaterial do Estado de Alagoas uma grande representação e estímulo para que a comunidade da Igreja continue firme por boas causas.