Petrobras anuncia novo reajuste de 7,2% nos preços da gasolina e no gás de cozinha.
Nessa sexta-feira, 8 de outubro, A Petrobras anunciou um novo reajuste nos valores da gasolina e do gás de cozinha (GLP), que passaria a valer a partir do sábado (9) e, segundo a empresa, o aumento ocorre para evitar o desabastecimento.
Com a nova mudança, o preço médio da gasolina teve um aumento de 7,19% e, como consequência, a venda de combustível para as distribuidoras passará de R$2,78 por litro para R$2,98 por litro, o que reflete no reajuste médio de R$0,20 por cada litro comprado. Segundo a companhia, a alta da gasolina acontece após 58 dias de estabilidade, enquanto o GLP não sofria qualquer reajuste há 95 dias.
Para o gás de cozinha, o preço médio passa de R$3,60 para R$3,80 por kg, o que equivale a R$50,15 por um botijão de gás de 13kg.
No anuncio que relatava os aumentos e reajustes de valores, a Petrobras destacou sobre o GLP:
Após 95 dias com preços estáveis, nos quais a empresa evitou o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais.
A Petrobras também confirmou que a elevação dos preços reflete demasiadamente nos patamares internacionais do preço do petróleo:
Impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, a taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global.
Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimentos pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras.
Assim, é notório a grande influência que a cotação do câmbio e o valor do petróleo possuem no mercado, influenciando altamente o Estado brasileiro desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), o qual se baseia pelas flutuações do mercado internacional.
Ademais, além dos custos do petróleo, é necessário também levar em conta os preços do etanol, que obrigatoriamente precisa ser adicionado à gasolina. Na conta, entram, ainda, os custos e as margens de lucro de distribuidores e revendedores, além dos impostos federais e estaduais (ICMS).
Os preços cobrados nas bombas viraram motivo de embate entre o presidente e os governadores. Jair Bolsonaro tem cobrado publicamente que os Estados reduzam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para que, consequentemente, os preços da gasolina e do diesel, finalmente, recuem.