Compartilhe a notícia:

Conheça quais são os riscos do lixo eletrônico para a saúde - Notícias - R7  Tecnologia e Ciência

‘Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021’ divulga que país é o quinto maior gerador de resíduo eletrônico.

Na semana passada, a Green Eletron, gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletrônicos e pilhas, divulgou um estudo realizado pela Radar Pesquisas, intitulado ‘Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021’, o qual afirmou que o Brasil é o quinto responsável pelo maior despejo de lixo eletrônico no mundo, e, tal fator pode ser causado pela desinformação de grande parte do tecido social acerca dessa pauta e do que se trata, dificultando, assim, os conhecimentos sobre a maneira correta de como esse tipo de resíduo deve ser descartado, para que não haja danos ao meio ambiente e à saúde da população.

Dessa forma, 87% dos brasileiros já ouviram falar no termo lixo eletrônico, mas um terço dessa parte (33%) acredita que isso se refere a e-mails, spam, fotos e arquivos online. Para outros 47% dos cidadãos nacionais, essa categoria de detritos computacionais quer dizer respeito aos aparelhos tecnológicos e eletrodomésticos que nãos mais possuem utilidade, já 3% acreditam que todos os aparelhos eletrônicos que já viraram lixo, ou seja, apenas o que já foram descartado, incluindo, também, aqueles que acabam em aterros ou na natureza de modo incorreto.

Nesse espectro, vale ressaltar que lixo eletrônico podem ser compostos por pilhas, fones de ouvido, aparelhos tecnológicos e eletrodomésticos a partir do momento em que são descartados. Por isso, a pesquisa realizada também especificou alguns produtos, facilmente encontrados em casa, para saber se brasileiros os reconheciam como lixo eletrônico. De acordo com os resultados, mais de 90% acreditam que qualquer tipo de celular, tablets, notebooks, pilhas e baterias são resíduos computacionais – e estão corretos. Todavia, 51% afirmaram que qualquer tipo de lâmpada são, ainda, formas de lixo eletrônico; 34% julgaram que as lanternas não se enquadram nesse tipo de despejo e, por fim, 37% pressupõem que balanças não são lixo eletrônico. Na realidade, todos os objetos mencionados para os indivíduos são formas de lixo eletrônico.

O conceito de Resíduo de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) envolve todo produto elétrico ou eletrônico descartado por não mais funcionar de forma apropriada ou não possuir utilidade. Sendo assim, é notório que inclui grandes equipamentos, tais como geladeiras, freezers, máquinas de lavar; assim como os pequenos equipamentos como torradeiras, batedeiras, aspiradores de pó, ventiladores; equipamentos de informática como computadores e celulares; além de pilhas e baterias.

Anualmente, mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas são descartadas em todo o mundo, segundo o The Global E-waste Monitor 2020, e é visível esse dado tende a aumentar sensivelmente, uma vez que o número de dispositivos adquiridos cresce cerca de 4% por ano globalmente.Com volume total de 53 milhões de toneladas, produção de lixo eletrônico  bateu recorde em 2019

Apenas o Brasil, em 2019, descartou mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que menos de 3% foram reciclados, de acordo com o relatório desenvolvido pela Universidade das Nações Unidas.  A pesquisa apontou que, no país, somente 16% dos cidadãos descartam com certa frequência algum eletroeletrônico no lixo comum. Todavia essa forma de descarte não permite a reciclagem das matérias-primas presentes nos aparelhos.

Na República brasileira, a destinação correta do lixo eletrônico está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é regulamentada pelo Decreto Federal 10.240/2020, a qual estabelece metas para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes sobre a quantidade de pontos de Entrega Voluntária (PEV) que devem ser instalados, o número de cidades atendidas e o percentual de aparelhos eletroeletrônicos a serem coletados e destinados corretamente.

Pelo decreto, as empresas devem, gradualmente, até 2025, instalar PEVs nas 400 maiores cidades do Brasil e coletar e destinar o equivalente em peso a 17% dos produtos colocados no mercado em 2018, ano definido como base, visando o bem ambiental, melhoria da saúde da população e ter uma diminuição na classificação brasileira no ranking dos países que mais contribuem com a poluição eletrônica.