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Residentes do Bom Parto fazem manifestações contra abandono do bairro após afundamento do solo.

Na última segunda fera, 18 de outubro, moradores do bairro de Bom Parto, na parte alta de Maceió, realizaram um protesto e bloquearam o cruzamento da Avenida Leste-Oeste com a rua General-Hermes com pneus e pedaços de madeira no final da tarde.

Os moradores afirmaram que estão morando em uma área de risco, onde a maioria das casas já estão desocupada. Eles cobram que a Braskem, empresa responsável pela extração de sal-gema, atividade apontada como a causa para as rachaduras em bairros de Maceió, agilize a retirada destas famílias da região. Eles se queixam que o bairro ficou abandonado pelas autoridades após os problemas de afundamento de solo, que levaram à evasão de milhares famílias que residiam nessa região. Segundo eles, assaltos, falta de segurança, escolaridade e energia são algumas das problemáticas enfrentadas por aqueles que ainda permanecem lá.

Os manifestantes cobraram a transferência para outros bairros em Maceió, uma vez que não é mais seguro continuarem lá, cobrando, também, a presença de representantes da Brasken para atender seus pedidos e esclarecer a a atual situação.

Dessa maneira, o protesto foi responsável por causar congestionamentos de trânsito nos bairros do Centro, Farol, Bebedouro, Cambona e Dique Estrada. A Polícia Militar esteve no local para tentar negociar e entrar em acordo com os manifestantes e, com isso, após uma conversa com a liderança do movimento, as vias foram liberadas.

Diante do exposto, a empresa Brasken emitiu uma nota acerca do ocorrido:

A Braskem vem dando todo o apoio necessário para as ações de realocação das famílias, comerciantes e empresários das áreas de risco geológico, conforme o mapa de desocupação e monitoramento que é definido pela Defesa Civil de Maceió.

É importante destacar que os processos de realocação e de compensação financeira são distintos e seguem ritmos diferentes. A realocação é mais célere, pois garante a retirada das famílias de áreas identificadas como de risco pela Defesa Civil.

É uma questão de segurança. Já a compensação financeira exige um rito de análise documental mais criterioso, reuniões, avaliação dos pleitos trazidos pelos moradores, homologação judicial, entre outras medidas que atestam a transparência e a equidade do processo. O Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação segue um cronograma que é público e permanentemente acompanhado pelas autoridades.

É importante ressaltar que a Braskem implementou diversas medidas para apoiar na regularização dos documentos das famílias, comerciantes e empresários, inclusive com maior flexibilidade do que poderia vir a ser exigido no Judiciário.

Mas existem certos limites que devem ser observados para garantir que as compensações sejam pagas a quem de direito e em conformidade com a lei.

A Braskem reitera o seu compromisso com a segurança dos moradores dos bairros atingidos por fenômeno geológico em Maceió. Neste sentido, caso a ocupação do imóvel seja confirmada, a empresa informará às autoridades, à Defesa Civil Municipal e ao Judiciário, para que as medidas de segurança necessárias sejam tomadas pelos órgãos competentes.