As redes Facebook e Instagram anunciaram que deletaram de suas mídias 1 milhão de postagens com fake news acerca da Covid-19
Nessa quinta-feira, 11 de outubro, o Facebook anunciou que removeu mais de 1 milhão de conteúdos no Brasil com desinformação sobre covid-19 desde o início da pandemia, medida esta que foi feita em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dessa maneira, cerca de um milhão de postagens que continham falsas informações sobre a nova variante do Coronavírus foram retiradas do ar pelo Facebook e Instagram, juntamente com as publicações, foram removidos, também, comentários e Stories que continham qualquer tipo de desinformação que pudesse prejudicar indivíduos.
Segundo as empresas, os conteúdos são excluídos quando podem colocar em risco a vida das pessoas, como declarações negando a existência da pandemia e anúncios de que a vacina causa morte. Sendo assim, os critérios para identificar afirmações falsas são estabelecidos em conjunto com a Organização Mundial da Saúde e outras autoridades, e atualizados conforme surgem novos fatos sobre a doença, diz o Facebook:
“À medida que o conhecimento científico e novos fatos sobre covid-19 surgem, nossa lista de conteúdos falsos sobre a doença passíveis de remoção é atualizada, sempre em consulta com especialistas e autoridades de saúde e buscando equilibrar a segurança das pessoas e a liberdade de expressão.”
Quando um post é marcado como falso por uma agência de verificação de fatos parceira do Facebook, seu alcance é reduzido de forma significativa, o que faz com que menos pessoas acessem aquele conteúdo. É adicionado também um rótulo na postagem para alertar aqueles que ainda assim virem o conteúdo marcado falso.
O anúncio sobre a remoção dos conteúdos é feito em meio à escalada de tensão do Facebook Papers, uma série de reportagens de um consórcio internacional de veículos de imprensa. São baseadas em documentos vazados da empresa que revelam falhas na moderação de discursos de ódio e disseminação de desinformação.
Os documentos foram divulgados por Frances Haugen, ex-funcionária da big tech. No final de outubro, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que o novo nome da empresa será Meta. As redes sociais permanecem com o mesmo nome. A nomenclatura é uma alusão ao metaverso, uma tentativa da companhia em combinar realidade aumentada e virtual.