O bioinvasor Tubastraea tagusensis, conhecido como coral-sol, foi encontrado em um naufrágio no município Jequiá da Praia, Litoral Sul de Alagoas, no último domingo, 27 de março.
Dessa maneira, apesar da beleza desses animais, eles representam um grande risco para a biodiversidade e a economia da região.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que, nesta semana, se reúnem com o corpo técnico do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas de Alagoas (IMA/AL) para definição de medidas de retirada e contenção do invasor.
Segundo Cláudio Sampaio, professor e pesquisador da UFAL, os corais invasores podem ser facilmente reconhecidos em razão do colorido vibrante e pelo formato alongado dos seus pólipos:
“Diversos estudos já demonstraram que esse invasor vem causando impactos negativos em corais e peixes nativos, modificando funções ecológicas importantes.”
A espécie invasora já estava sendo monitorada com a instalação de placas de recrutamento, em Maceió, pelo IMA há mais de cinco anos. Ricardo César, coordenador do Gerenciamento Costeiro do Instituto, explica que a medida preventiva ocorre muito no porto da capital, pois a espécie invasora pode ser transportada por cascos de navios.
O Instituto também possui parceria com uma empresa de mergulho e até o momento não há vestígios do coral-sol em Maceió.
Mas diante da situação atual, com a chegada desse bioinvasor no Litoral Sul, César conta que, após as reuniões desta semana, as medidas preventivas serão intensificadas e ampliadas:
“Nós já trabalhávamos com medidas profiláticas, pelo menos no porto de Maceió. Agora vamos trabalhar com procedimentos para a retirada do coral-sol e definir medidas para evitar a sua expansão.”