Compra de novos veículos diminuíram 33,37% em Alagoas no mês passado.
Em comparação ao mês de outubro de 2020, o mês passado recuou 33,37% nas vendas de veículos automotores em Alagoas, de acordo com dados divulgados pela Fenabrave, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Na comparação com setembro, o mês imediatamente anterior, houve alta de 15,01%.
Dessa forma, os números apresentados relatam que foram comercializados apenas um total de 1.226 automóveis no estado no mês passado, enquanto houveram 1.840 em outubro de 2020.
Vale ressaltar que caso é alarmante, uma vez que na comparação com setembro, o mês imediatamente anterior, houve alta de 15,01%, uma vez que na comparação com setembro passado, foram 160 carros a mais. No acumulado deste ano, Alagoas já registra um total de 12.724 veículos vendidos, 1,58% a mais que os 12.526 vendidos no mesmo período de 2020.
Todavia, em relação às motocicletas, Os números da Fenabrave apontam uma alta de 37,86% no acumulado de vendas este ano. Foram 20.524 motos vendidas em Alagoas de janeiro a outubro de 2021, ante 14.888 no mesmo período do ano passado. Somente em outubro passado, a alta foi de 9,63%, quando foram vendidas 2.163 motos, ante 1.973 em outubro de 2020.
No Brasil,, puxadas pelo emplacamento de carros de passeio, as vendas de veículos leves e pesados registraram alta de 4,71% entre os meses de setembro e outubro, visto que foram comercializadas 162.365 novas unidades, como relata o presidente da Fenabrave, Alerico Assumpção:
“Os emplacamentos de todos os segmentos automotivos vêm oscilando, de acordo com o fluxo de produção. A demanda se mantém alta por parte do consumidor, mas há segmentos em que a espera por um veículo pode levar meses em função dos baixos estoques.”
Assumpção ainda afirma que as concessionárias têm feito os pedidos às fábricas, mas não conseguem receber todos os carros solicitados devido à falta de insumos e de componentes. No acumulado do ano, há alta de 9,46% em relação a igual período de 2020, e, dessa maneira, foram emplacados 1,74 milhão de veículos leves e pesados entre janeiro e outubro.
Todavia, os dados expostos continuavam abaixo de todas as previsões feitas no início do ano, quando se esperava algo próximo de 2 milhões de unidades vendidas ainda no início do quarto trimestre.
Segundo o Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores), a média diária de licenciamentos ficou em 8.117 unidades no mês passado, o que representa, assim, uma alta de 9,9% sobre setembro.
A tímida melhora registrada em outubro se deve principalmente a entregas feitas no varejo e também a locadoras. São clientes que estavam na fila de espera por modelos como o Chevrolet Onix. O compacto da General Motors retornou à linha de montagem em Gravataí (RS) após ter produção interrompida por cerca de seis meses neste ano.
Os licenciamentos de carros de passeio, que respondem pela maior fatia do setor automotivo, tiveram alta de 9,4% em outubro na comparação com setembro, quando o segmento registrou 119.315 unidades emplacadas.
Entretanto, as paralisações nas linhas de montagem seguem ocorrendo e, com isso, a General Motors terá de colocar 700 funcionários em regime de layoff (interrupção temporária de contratos de trabalho) na fábrica de São José dos Campos (interior de São Paulo). A unidade, que produz a picape Chevrolet S10 e o utilitário esportivo Trailblazer, emprega 3.800 trabalhadores. A medida, que será implementada na próxima segunda (8), poderá se estender por cinco meses.
Há um mês, a Fenabrave readequou as projeções de vendas para 2021. A entidade prevê uma alta de 4,8%, com 2,16 milhões de unidades emplacadas. Em julho, a expectativa era de um crescimento de 11,6% sobre 2020. Os dados incluem carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões.
Já a Anfavea corrigiu sua expectativa de produção com base em dois cenários. Caso haja uma regularização do fornecimento de semicondutores, cerca de 570 mil veículos deverão sair das fábricas entre outubro e dezembro. Dessa forma, o ano fecharia com 2,219 milhões de veículos leves e pesados produzidos, alta de 10% em relação a 2020.
Contudo a visão mais conservadora -e mais provável- prevê que as dificuldades se repetirão no quarto trimestre, e a produção ficará em 2,129 milhões de unidades, um crescimento de 6% ante o ano passado.