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Deflagrada em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Pandemia do Novo Coronavírus levou o Ministério da Saúde (MS) a determinar que todos os Estados brasileiros concentrassem seus esforços para atender as pessoas acometidas pela Covid-19 e, desse modo, adiassem as cirurgias eletivas, realizando apenas as emergenciais. Mais de dois anos depois, a fila de espera por procedimentos cirúrgicos já ultrapassava as 10 mil pessoas em Alagoas. Para sanar esse problema, o Governo do Estado lançou o Programa Maratona de Cirurgias, que completa um ano nesta sexta-feira (16), alcançando a marca de 5.003 pessoas operadas.

O programa é executado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e foi iniciado após a queda vertiginosa do número de casos confirmados de Covid-19 e, consequentemente, da redução drástica da ocupação hospitalar. Através da iniciativa, milhares de alagoanos que aguardavam por um procedimento eletivo, finalmente viram a dor e o sofrimento chegarem ao fim, seja na capital, no Agreste, Sertão, Zona da Mata ou Litoral.

Das mais de 5 mil operações realizadas pelo Programa Maratona de Cirurgias, 1.076 ocorreram no

Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), em Delmiro Gouveia; 762 no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA) e 720 no Hospital da Mulher (HM), ambos em Maceió. Também foram realizadas 700 no Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema; 644 no Hospital Regional do Norte (HRN), em Porto Calvo; 523 no Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares; 281 no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Arapiraca; 200 no Hospital Regional Santa Rita, em Palmeira dos Índios, e as demais em outras unidades contratualizadas.

Beneficiados

Entre os alagoanos beneficiados pela Maratona de Cirurgias está a aposentada Maria do Carmo da Silva, que reside em de Delmiro Gouveia. Acometida por pterígio (espessamento vascularizado da conjuntiva), ela foi submetida ao procedimento cirúrgico no HRAS, no começo deste mês. Emocionada, teceu inúmeros elogios ao programa e à equipe que a atendeu, desde a triagem clínica até chegar à realização da operação na unidade hospitalar vinculada à Sesau.

“Agradeço pela minha cirurgia. Fico muito grata a todos que estão trabalhando na linha de frente deste programa. Desde os médicos, que fazem as operações, até os demais integrantes da equipe. Foi Jesus que enviou vocês para curar nós aqui”, salienta a sertaneja, que aguardava ansiosa pelo procedimento cirúrgico para correção do pterígio.

A dona de casa Claudenice Ribeiro, que reside em Maceió, também foi uma das mais de 5 mil pessoas contempladas pelo programa. Após muito sofrimento causado por pedras na vesícula, ela finalmente foi operada no HMA, na capital alagoana e agora segue a vida cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos.

“Vi na Maratona de Cirurgias a chance de acabar com a dor e o sofrimento que me consumiam todos os dias. No dia da triagem, ao ver um mundaréu de gente, fiquei com medo de não conseguir agendar a cirurgia, mas, pensei que, assim como eu, todos ali também precisam se operar. Pensei positivo, agi com persistência, fui triada, operada e, graças ao Deus Onipotente, estou aqui seguindo a vida”, destaca Claudenice Ribeiro.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destaca que o Programa Maratona de Cirurgias representa o fim do sofrimento para milhares de alagoanos, que aguardavam na fila de espera por cirurgias eletivas. “Essa foi a alternativa ágil e eficiente que o Governo do Estado encontrou para zerar a fila de espera por milhares de procedimentos cirúrgicos represados. Diante da Pandemia da Covid-19, as cirurgias eletivas foram represadas e, por isso, só uma ação desta magnitude para sanar esta situação, que acabou se tornando um problema de saúde pública”, pontuou o gestor da saúde estadual.

Além dos procedimentos ortopédicos, os alagoanos estão sendo contemplados com cirurgias de fimose, lipoma, oftalmológicos, ginecológicos, de hernioplastia incisional, de extirpação de lesão de pele e tecido subcutâneo, retirada do útero, supressão da vesícula, de hérnia umbilical, exérese de pólipo e hidrocele. Quanto às consultas, foram asseguradas 12.823, nas áreas de ortopedia, cirurgia geral, ginecologia e oftalmologia, bem como, realizados 34.105 exames de diagnóstico.