A saudade do São João está com os dias contados em Maceió. De 15 a 30 de junho, os festejos juninos, realizados pela prefeitura da capital, devem reunir milhares de alagoanos e turistas.
Dessa maneira, nos palcos, espalhados em três polos pela capital alagoana, atrações como Gusttavo Lima, Elba Ramalho, Alok, Ludmilla e Jorge de Altinho dividem os espaços com grupos culturais e nomes locais, como Geraldo Cardoso, Mano Walter e Jaques Setton.
De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), João Hugo Lyra, a festa é parte de uma estratégia que visa incrementar os atrativos turísticos e colocar Maceió na mira dos grandes eventos.
Diante disso, o prefeito de Maceió, JHC, afirmou que:
“São três polos principais, 15 dias de festa, mais de 1.800 artistas locais beneficiados diretamente. Uma festa com a dimensão que Maceió merece e que é fruto de estudo e muito esforço da gestão e do prefeito JHC.”
Com a expectativa de a festa fazer circular cerca de R$ 100 milhões na economia da capital, João Hugo Lyra afirma que o evento confirmará que o investimento em cultura é uma aposta acertada da atual gestão:
“A prefeitura está com uma parceria com a Fecomércio para que a gente consiga, por meio de um estudo, apontar o quanto a cultura influencia e impacta na arrecadação do Município. O que queremos fazer nesse São João é inserir mais uma data, além do réveillon, no calendário de Maceió. Faz parte de um projeto de governo.”
POLO DO BENEDITO BENTES:
O primeiro polo a abrir as portas para o arrasta-pé é o do bairro Benedito Bentes, que funciona de 15 a 19 de junho, com atrações como Priscila Sena, Baby Som, Geraldo Cardoso, Jorge de Altinho, Mano Walter e Ana Lobo.
Sendo assim, ainda de acordo com o presidente da FMAC, um palco gigante será instalado no local, que poderá receber até 150 mil pessoas:
“Inicialmente, pensamos em realizar os shows em uma área de campo de futebol que tem lá, mas, pensando nas chuvas, mudamos para a Praça Padre Cícero, que será transformada em um polo multicultural , com apresentações de quadrilhas, coco, um parque de diversões e um palco gigantesco para os artistas, tanto os locais como os nacionais, que se apresentam no mesmo local.”
O Polo Tabuleiro, aberto de 23 a 30 de junho, receberá em massa os artistas populares de Maceió.
É por lá que se apresentam as quadrilhas, os grupos de coco de roda, folguedos, bumba meu boi e, também, onde ocorre o Forró e Folia, festival realizado em parceria com a Organização Arnon de Mello (OAM):
“Será próximo à Bomba do Gonzaga e receberá, inclusive, um Festival de Bumba Meu Boi”, revela João Hugo Lyra. “Foram contemplados todos os trios de forró, todas as quadrilhas, todo coco de roda e todo bumba meu boi, além de todas as bandas que participaram dos editais da FMAC.”
POLO JARAGUÁ:
De 23 a 29 junho, o Polo Jaraguá promete uma mega estrutura, com espaços para eventos montados da Praça Sinimbu ao Porto de Maceió. Entre as novidades, está uma tenda eletrônica que será instalada no Beco da Rapariga e um espaço criativo dedicado aos trios pé-de-serra, que se apresentarão no tradicional coreto do Jaraguá.
O palco será um monumento, garante o secretário municipal:
“Tivemos recentemente o pregão eletrônico relacionado à área do palco, que foi vencido pela mesma empresa que realiza o Villa Mix.”
Apesar de gratuito e aberto ao público, o Polo Jaraguá terá 30% do espaço reservado para que a empresa vencedora explore comercialmente. A ideia é que a Prefeitura Municipal de Maceió arque apenas com os cachês dos artistas, enquanto a iniciativa privada custeie a parte estrutural:
“A prefeitura não precisará arcar com nenhuma estrutura, porque a estrutura está nessa concessão. Ou seja, a ganhadora vai montar tudo, da iluminação até a segurança, cuidar da logística. E, em contrapartida, o Município oferta os artistas.”
Segundo ele, o modelo já foi testado em locais com tradição de eventos juninos dessa magnitude, como Campina Grande, Caruaru e Petrolina:
“Fizemos um estudo com o que já deu certo por lá, antes de tentar implementar por aqui. Em Campina Grande, inclusive, há um estudo da universidade local que diz que a cada 1 real de investimento público no São João, 30 reais retornam aos cofres do Município. Claro que Campina Grande tem uma dimensão gigantesca, mas nós já começamos de forma competitiva. O prefeito JHC já tinha a ideia de criar eventos-chave para o calendário municipal, incluindo o São João. Com a pandemia, graças a Deus, indo embora, nós conseguimos colocar esse projeto pra frente. Até então, a FMAC nunca produziu nada como essa grandiosidade, em nenhuma outra gestão. A prova de que está funcionando é que, pouco mais de uma semana após o lançamento, as reservas de hotéis e voos aumentaram para o período. Tem hotéis que, nos dias 24 e 25, não possuem mais vagas.”