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Imprensa Oficial Graciliano Ramos, FAPEAL e EDUAL lançaram dois livros inéditos e reedições nesta segunda

Depois do sucesso de Apuê (2015), Sérgio Prado Moura traz um novo livro de contos que promete tirar o fôlego dos fãs de suas narrativas misteriosas.

Trata-se de O Matador Antônio Assumpção, a qual reúne 10 histórias que versam sobre a vida, a morte, o tempo, a busca e a loucura, como afirma o autor:

“São histórias despretensiosas, escritas antes deste terremoto pandêmico que vivemos. Narrativas semelhantes àquelas que a gente escutava ao redor da fogueira, quando ainda se escutavam histórias à beira do fogo.”

Já o escritor Luciano José, autor de seis obras poéticas, entre elas Horrores, publicado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, em 2015, e Minuídos, produção independente, lançada este ano, está trazendo uma nova edição de Jacinto Silva – As Canções, um título que se encontrava esgotado desde 2017, mas que continuava sendo muito procurado pelos leitores.

Além do novo projeto gráfico, este estudo aprofundado sobre a discografia do cantor e compositor palmeirense ganhou dois ensaios inéditos, textos de crítica especializada e novas informações colhidas pelo autor, como explica Luciano José:

“Revisar, agregar novos conhecimentos, evitar equívocos foram os motivos que me levaram a fazer essa terceira edição quase definitiva. Este projeto literário reúne as composições de Jacinto Silva, conjugadas a comentários e a uma cronologia que demarca sua carreira. No entanto, na presente edição, o leitor encontrará também um apanhado de todo seu repertório, classificado em diferentes gêneros e subgêneros.”

Da amplidão das sombras alheias ou outras histórias de amores suspeitos é a mais recente obra do poeta Adalberto Souza, em que, neste livro, o escritor nos brinda com uma salutar união entre música e poesia que transita entre música erudita e a mais completa expressão da música popular, com ousadia, Souza mescla Mozart e Odair José, Madonna e Nora Nei, fazendo dessa mistura o casamento ideal para seus versos, descreve o autor:

“Nesta nova obra poética brota sempre a pessoa humana no seu limiar de exasperação ou passividade, polos opostos. São as pessoas acossadas pelas paixões, pelas desilusões amorosas violentas, são os amantes atormentados pelo rancor. É a personagem solitária que perde os passos que deixou na areia. São os desenganados das coisas de Cupido. Mas percebe-se que, no fundo, são criaturas esperançosas de que uma relação amorosa termine num final feliz, final que nunca chega, nem no fim do último poema deste livro.”

A Tarde Caindo, livro de estreia de Claudemir Calixto, busca provocar a reflexão sobre as idiossincrasias da vida. Discorre sobre acontecimentos ordinários que, por momentos, escondem aspectos extraordinários e existenciais. Para o autor, em seus versos, um acontecimento pode ser uma mensagem, às vezes irônica ou provocativa do ato de viver:

“O texto entoa verbos em todos os tempos. É que a tarde passa despercebida, assim como as pessoas em si mesmas, porque elas são o tempo em curso, enquanto elemento e energia – eletricidade. Sendo mais fácil nos compreendermos como centro do mundo, ficamos desatentos a essas partículas da vida. Mas o senhor de tudo mesmo é o tempo. Isso pode ser esperado do livro, dito de modo sutil, simples, e, talvez, de modo profundo.”

Premiado pela segunda vez, o livro Caderno de Anotações, de autoria do cantor e compositor Wado, chega no evento com uma tiragem especial financiada pela Lei Aldir Blanc. O artista de múltiplos talentos, encerra 2021 com dois outros projetos de peso: a exposição individual Nuvem, em cartaz até 13 de janeiro de 2022, no Museu da Imagem e do Som (Misa), e o álbum visual Wado Acústico (Depois do Fim), disponível em todas as plataformas de streaming e no canal do YouTube pelo selo LAB 344.

Selecionado pelo edital de Obras Literárias promovido pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, em 2018, Caderno de Anotações reúne frases e reflexões aleatórias de Wado, revelando o fluxo de pensamento do autor e alguns dos insights que resultaram em diversas canções que fazem parte de sua obra musical. Sua prosa poética é marcada pelo humor e ironia que permeiam suas composições, trazendo à tona mais uma vertente criativa do autor.

Outra obra literária que também conquistou reconhecimento pela Lei Aldir Blanc é o livro de poesias (Dê) Lírios Intranquilos, de Alexsandro Alves., aprovado pelo edital da Imprensa Oficial Graciliano Ramos de 2017. Nesta coletânea visceral, a lírica do jovem autor discorre sobre tudo aquilo que desacomoda e, por vezes, causa desassossego: o amor, a morte e a realidade sociopolítica. Sem medo de ser excessivo, Alexsandro Alves expõe, em seus versos, sua fúria e indignação contra as injustiças e contra as dores inevitáveis do existir.