A Casa de Ranquines de Maceió está acolhendo os indígenas da etnia Warao, da Venezuela, como parte do plano de acolhimento que o Ministério Público Federal (MPF) requisitou à Prefeitura de Maceió.
Sendo assim, a respectiva instituição começou a receber os venezuelanos no dia 12 de setembro e também vai acolher indígenas vindos de outros países.
A iniciativa conta com repasses financeiros tanto da prefeitura, quanto dos governos estadual e federal. O projeto é provisório, com duração de seis meses, podendo ser prorrogado por até um ano.
Além da moradia, o projeto vai oferecer alimentação, assistência social, capacitação profissional e serviços de saúde e educação.
No total, serão acolhidas 300 pessoas. 95 vagas já estão preenchidas, sendo que 45 são de crianças. Segundo a prefeitura, todos os indígenas Warao que residem na capital já foram mapeados e cadastrados.
Para tentar preservar a cultura Warao, os índigenas terão acesso a materiais de artesanato, canoas, redes e outros itens familiares aos povos acolhidos.
Os não-indígenas que necessitarem de acolhimento podem buscar as casas de passagem ou os abrigos destinados aos imigrantes venezuelanos. Uma das unidades está localizada na ladeira da Catedral e a outra fica próxima ao mirante São Gonçalo, ambas no bairro do Farol.
Para realizar o projeto, a Casa de Ranquines precisa reforçar o voluntariado, e, de acordo com o Frei João, a maior necessidade é de voluntários da área da saúde e para fazer atividades de recreação, mas ainda salientou que:
“Todo tipo de doação será destinado exclusivamente àquelas pessoas que mais necessitam.”
Para se voluntariar, os interessados podem procurar uma das duas unidades destinadas ao acolhimento dos indígenas.
Quanto às doações, o projeto precisa de brinquedos para as crianças, já que esta despesa não é contemplada pelo projeto.
A instituição também recebe doações de alimentos e produtos de higiene, que serão destinados a projetos de acolhimento de população em situação de rua.