A abertura da Exposição Sagrado Guerreiro, A Fé Cantada e Dançada, aconteceu na tarde da última segunda-feira (7) no Museu da Imagem e do Som (Misa), equipamento cultural da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). A mostra foi criada para visibilizar, aplaudir e preservar o prestígio dos chapéus do Guerreiro, folguedo legitimamente alagoano.
As obras expostas foram produzidas e confeccionadas pelos alunos do 7º, 8º e 9º anos do ensino fundamental do Colégio da Polícia Militar Tiradentes (PMAL), com idealização da professora Roberta Accioly após uma aula sobre cultura e arte alagoana.
“Essa exposição surgiu de uma aula sobre cultura alagoana. “Eu falei sobre arte alagoana com eles e o encantamento foi tão grande que resultou numa oficina e deu nisso. Eu não poderia deixar apenas em sala de aula e saiu essa exposição importantíssima. Importantíssima porque é nossa, para que tenhamos esse pertencimento e para que chegue às novas gerações”, relatou a professora.
O aluno Luiz Barbosa falou que aprendeu muito acerca do tema e que tem outra visão de nossa cultura. “As aulas foram muito boas para que eu pudesse aprender sobre nossos folguedos e todo legado que nossa cultura tem. Só tenho a agradecer pela oportunidade de ver tanto o meu quanto os chapéus dos meus colegas nessa exposição” comemorou o aluno.
Entre os alunos o clima era de festa, todos queriam mostrar o que sabiam sobre as raízes culturais de Alagoas, além de destacar suas criações. Luan Ferreira, aluno do nono ano, deu uma verdadeira aula sobre as características e curiosidades sobre o folguedo.
“Nosso estado é resultado de uma miscigenação e o guerreiro é uma forma de celebrar todas elas. Além de tudo, o guerreiro representa a paz e o legado que é passado de geração em geração através da dança do guerreiro. É por isso que nossa história precisa ser cuidada e preservada para que outro dia, por nós, ela possa ser contada e passada adiante”, exclamou o aluno.
A assessora técnica da Diversidade Cultural do Misa, Jinny Mikaelly, celebrou receber os alunos e a força de vontade de cada um em aprender um pouco mais sobre as raízes culturais do Estado. “Essa exposição é uma celebração ao legado que Alagoas vem criando a tantos anos. Acompanhar o empenho de crianças tão jovens em manter viva nossa história é um dos grandes incentivos do nosso trabalho”, afirmou a assessora.