Compartilhe a notícia:

O. J. Simpson obtém liberdade condicional depois de nove anos preso |  Estilo | EL PAÍS Brasil

Aos 74 anos, OJ cumpre sua pena e sai da cadeia

O ex-jogador de futebol americano OJ Simpson foi libertado ao cumprir toda sua pena de prisão por um assalto a mão armada em 2007, em Las Vegas, envolvendo artigos esportivos históricos, informou a polícia do estado de Nevada, nos Estados Unidos.

Ele já estava em liberdade condicional desde 2017, mas tinha que prestar contas à justiça. A pena iria terminar só em 9 de fevereiro, mas foi antecipada por bom comportamento, e agora, ele volta a ter a liberdade de um cidadão comum.

Diante de sua liberdade, o porta-voz da polícia de Nevada, Kim Yoko Smith, afirma que:

“O Conselho de Comissários de Liberdade Condicional de Nevada conduziu uma audiência de dispensa antecipada para o Sr. Simpson. A decisão de conceder a liberdade condicional antecipada foi ratificada em 6 de dezembro de 2021. O Conselho concedeu créditos em valor igual ao tempo restante da pena para reduzir a pena em tempo cumprido.”

Vale ressaltar que essa não foi a primeira polêmica criminal envolvendo o nome de OJ Simpson, uma vez que o ex-atleta respondeu um processo por duplo homicídio em 1994, acusado de matar a ex-mulher Nicole Brown Simpson, e um amigo dela, Ron Goldman, mas, OJ acabou inocentado em um julgamento em 1995 após uma reviravolta no julgamento, já que as luvas usadas no crime não couberam em suas mãos.

Mesmo inocentado, Simpson acabou tendo que pagar, em 1997, US$ 33,5 milhões em danos à família de Ron Goldman, uma das pessoas assassinadas. Ele sempre negou a autoria do crime e chegou a escrever um polêmico livro chamado ‘Se eu tivesse feito’, que fornecia uma descrição hipotética dos assassinatos.

A vida pública digna de novela de Simpson começou como um proeminente running back no futebol universitário, ganhando o cobiçado Troféu Heisman de melhor jogador do país, antes de concluir uma carreira estelar na NFL e ele se tornou um sucesso de bilheteria com filmes e comerciais.

Em 1994, milhões de americanos assistiram à perseguição de Simpson no Sul da Califórnia ao vivo pela televisão. Ele estava viajando a bordo de um Bronco branco dirigido por um amigo e seguido por um comboio da polícia, em uma suposta tentativa de fugir do suposto duplo assassinato de sua ex-mulher e de um amigo dela.

O veredicto foi recebido com descrença por muitos americanos, e a opinião sobre a culpa do atleta negro foi fortemente dividida em termos raciais. O caso se tornou a série de televisão do canal FX “The People vs. OJ Simpson: American Crime Story”, que foi ao ar em 2016 e ganhou um Emmy.

Simpson foi considerado responsável pelas mortes em um processo civil de 1997 e condenado a pagar US$ 33,5 milhões em danos à família de Ron Goldman, que foi morto a facadas junto com a ex-mulher de Simpson, Nicole Brown Simpson.

Simpson se declara inocente até hoje e sempre negou que tentou fugir durante a famosa caçada humana, apesar de ignorar o prazo dado pela polícia para se entregar, pois, o ex-jogador afirmou a um detetive da polícia de Los Angeles por telefone durante a perseguição em baixa velocidade para “avisar a todos que ele não estava fugindo”, e sim visitando o túmulo de Nicole, mas uma mochila contendo o passaporte e dinheiro de Simpson, além de uma pistola, encontrada pela polícia no carro, levou muitos a questionar suas intenções, porém a promotoria nunca as apresentou como prova.