Dengue, febre amarela, hepatites, Aids e esquistossomose. Estas são algumas das doenças que podem resultar em surtos, epidemias e pandemias, e nas quais o infectologista – cujo dia é comemorado nesta quinta-feira (11) – assume o protagonismo na prevenção, diagnóstico e tratamento.
A prova da importância da atuação deste profissional ficou evidente durante a Pandemia da Covid-19, momento em que a população passou por diversas transformações por causa da doença. Na ocasião, estes profissionais foram fundamentais para um melhor entendimento do comportamento do novo coronavírus, devido à criação de protocolos para o tratamento da doença, bem como, na disseminação de informações sobre a prevenção, sempre embasadas na ciência.
O chefe do Gabinete de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, médico infectologista Renee Oliveira, salientou que a especialidade foi primordial durante a Pandemia da Covid-19. “Nos últimos anos, a Covid-19 foi a doença que explicou muito bem o papel do infectologista na área da saúde como um todo. Nosso trabalho, em conjunto com outras áreas da saúde, ajudou no enfrentamento dessa grande emergência sanitária”, afirmou.
Renee Oliveira ainda citou casos de pacientes com o vírus da imunodeficiência humana, popularmente conhecido como HIV, quadro no qual um profissional também desempenha um papel fundamental no tratamento, ao oferecer consulta e apoio para outros profissionais. “Nós trabalhamos em conjunto com outros médicos para que possamos atingir resultados positivos. Estamos presentes em diversas frentes de atuação”, explicou o infectologista.
O profissional também citou o protagonismo da infectologia no controle do sarampo. “Tivemos sucesso no enfrentamento dessa doença, que vitimou milhares de crianças. Felizmente, graças às vacinas, essa situação mudou e o infectologista teve um papel muito importante nesse momento. Porém, hoje vivemos um risco elevado de retorno do sarampo por causa de teorias anti vacinas e nós buscamos reverter essas ideias”, pontuou.
A especialidade
A infectologia é uma das especialidades médicas mais antigas da humanidade e o Dia do Infectologista foi criado oficialmente em 2005, pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). A data foi escolhida por ser o aniversário de nascimento do médico Emílio Marcondes Ribas, um dos nomes pioneiros e de maior destaque no combate às doenças infecciosas no final do século 19 e início do século 20.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a importância da especialidade e agradeceu aos profissionais por toda a contribuição prestada aos alagoanos, seja na Pandemia da Covid-19 e, atualmente, no combate à dengue. “O infectologista é vital no sistema de saúde, pois ele atua não somente para tratar as doenças infecciosas, mas, também, contribui de forma crucial na prevenção de muitas enfermidades. Em nome do governador Paulo Dantas, parabenizo a todos os infectologistas de Alagoas e àqueles que atuam em nossas unidades”, disse o gestor da pasta.
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível ter acesso a uma avaliação de um infectologista com um encaminhamento médico de um clínico geral, que analisa a necessidade de submeter o caso para o especialista. Além disso, os hospitais geridos pela Sesau possuem essa especialidade em seus quadros de profissionais.