Dados divulgados pelo IBGE revelam que o setor de serviços em Alagoas tem a 2ª maior alta do Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), divulgou nesta terça-feira, 14 de dezembro, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). De acordo com os dados, o setor de serviços no estado teve a segunda maior alta do país em outubro, e avançou 1,1% na comparação com o mês de setembro, uma vez que o resultado representa a sétima taxa positiva em 2021 – houve também aumento em fevereiro (4,2%), março (1,9%), maio (10,9%), junho (0,1%), julho (5,4%) e agosto (4,9%).
Ainda de acordo com o IBGE, na comparação entre outubro de 2021 e o mesmo mês em 2020, houve avanço de 23,9%, pois, no acumulado do ano, o volume de serviços no estado alagoano cresceu 19,1% em relação ao mesmo período (janeiro a outubro) do ano anterior.
Diante disso, de acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Marcius Beltrão, os números ressaltam a efetividade da retomada econômica de Alagoas:
“Apesar de o momento de restrição econômica vivido em virtude da pandemia, Alagoas foi um dos poucos estados que, mesmo tomando as devidas medidas de restrição, não fechou a economia por completo, o que contribuiu para que diversos setores voltassem a crescer. O resultado está aí, obtivemos em outubro a sétima taxa de crescimento positiva do ano no setor de serviços e a segunda maior alta do país, evidenciando o aquecimento e a retomada da economia alagoana.”
Já no Brasil, o setor de serviços recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 1,9%. Com o resultado de outubro, o setor ainda ficou 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014, e, ao analisar esse respectivo panorama nacional, Rodrigo Lobo, gerente de pesquisa, analisa que:
“Essa perda não elimina o ganho de 6,2% observado no período abril-agosto, mas reduz o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia. Em agosto, o setor estava 4,1% acima do patamar de fevereiro de 2020, passando para 3,3% em setembro e 2,1% agora em outubro.”
Sendo assim, quatro das cinco atividades investigadas recuaram no mês de outubro, com destaque para serviços de informação e comunicação (-1,6%), que apresentaram a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 2,5%.
Regionalmente, a maior parte (23) das 27 unidades da federação teve retração no volume de serviços em outubro de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,2%), seguido por São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%). Em contrapartida, o Ceará (1,4%) registrou a principal expansão em termos regionais.
Por fim, o índice de atividades turísticas cresceu 1,0% frente a setembro, sexta taxa positiva consecutiva, período em que acumulou ganho de 51,2%. Contudo, o segmento de turismo ainda se encontra 19,5% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado, como afirma Rodrigo Lobo:
“Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento.”